Hoje é dia dos pais. “A paternidade é a vocação
mais sublime que um homem pode exercer”.
A relação pai e filho é algo tão forte nas
Escrituras que o último versículo do Antigo Testamento fala que uma das funções
básicas do Messias seria “converter o coração dos pais aos filhos e o
coração dos filhos aos pais” (Ml 4:6).
É
triste verificar que grandes homens de Deus foram brilhantes em diversas áreas
da vida mas fracassaram como pais. Davi era um homem segundo o coração de Deus,
mas um péssimo pai. Eli era um excelente sacerdote, mas não tinha autoridade
dentro de sua casa. Samuel era um grande profeta, mas negligente como líder
espiritual do seu lar. “Se o nosso cristianismo não é capaz de mudar o nosso
relacionamento familiar, ele está falido” Jó é um dos poucos personagens
bíblicos que consegue conciliar espiritualidade com vida familiar. Ele
tornou-se um exemplo de perseverança e firmeza, mas em momento algum
negligenciou sua função como pai. O livro de Jó fascinou tanto o reformador
João Calvino que 159 de seus 700 sermões escritos foram baseados nele[1].
É exatamente nesse livro que encontramos uma das histórias familiares mais
dramáticas já vividas na história da humanidade. Jó era um homem extremamente
rico, portador de uma reputação invejável. Sua família vivia os mais altos
padrões da sua época. Em outras palavras, podemos afirmar que Jó tinha
condições de dar aos seus filhos tudo o que o dinheiro poderia comprar.
Por
isso, gostaria de convidá-lo a considerar, à luz do texto sagrada de Jó 1:5,
quais são As qualidades de um pai aprovado por Deus.
Jó era um pai exemplar. Diz a Bíblia
que “Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os
santificava; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número
de todos eles, pois dizia: Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado
contra Deus em seu coração. Assim fazia Jó continuamente” (Jó 1:5, grifos meu).
Algumas considerações devem ser
feitas.
1 – Um pai preocupado com a vida espiritual de seus filhos
Primeiramente, o texto registra que Jó “chamava seus filhos e os santificava”. Perceba a diferença que faz a liderança espiritual do pai dentro de casa. Isso é um pai de verdade, no sentido estrito da palavra. Jó estava preocupado não apenas com educação de seus filhos; não apenas com a provisão de seus filhos; mas, sobretudo, profundamente preocupado com a vida espiritual de seus filhos. Antes de preocupar-se com a escola do seu filho, que faculdade ele vai fazer, em que área ele vai trabalhar, preocupe-se em ter um filho santo. Faça como Jó: CHAME O SEU FILHO e o SANTIFIQUE. Coloque suas mãos sobre a cabeça dele e consagre-o ao SENHOR.
2 – Um pai intercessor
Em segundo lugar, diz o texto que Jó “levantava-se de madrugada” com o propósito de colocar os seus filhos diante do altar. Eis aqui a figura de um pai intercessor. Qual foi a última vez que você orou por seus filhos de madrugada? Jó, além de ter um momento de oração com os filhos, tinha também um momento secreto onde ele, sozinho, apresentava seus filhos a Deus. O texto ainda registra que “oferecia holocaustos segundo o número de todos eles”, ou seja, não havia um filho sequer que Jó deixasse de orar. Não havia predileções. Jó não ponderava se este filho dava mais trabalho do que aquele ou se aquele outro era mais bonzinho e obediente que o primeiro. Definitivamente, não havia este espírito no coração de Jó. Diz o texto que ele apresentava seus filhos individualmente a Deus.
Sempre haverá esperança para família onde houver uma mãe que ora. Sempre haverá esperança para a família onde houver um pai comprometido em interceder por seus filhos. Antes de falar de Deus para nossos filhos, precisamos falar de nossos filhos para Deus.
3 – Um pai perseverante
Em terceiro lugar, podemos destacar a regularidade com que Jó fazia isso. A palavra empregada pelo autor sacro é “continuamente”, dando a idéia de uma prática freqüente e ininterrupta. Jó sempre apresentava seus filhos diante do altar do Senhor. Não desista nunca de orar para o seu filho. Se ele está no mundo ore por ele; se ele já é um servo do SENHOR, continue orando por ele. Ore sempre. Os seus filhos devem ser o primeiro item da sua lista de oração.
Nem sempre é o pai rico que deixa a maior herança. O legado da fé é a maior herança que um pai pode
deixar aos seus descendentes.
PAI UM AMIGO DIFERENTE,AQUELE QUE NÃO DEIXA O FILHO CAIR
DEUS ABENÇOE A TODOS
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